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Esperanca



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Esperança

Mario Persona

Todo ano eleitoral vemos a fé e a esperança se renovarem nas pessoas. Elas esperam que algo mude; que as coisas melhorem e isso é muito bom! É bom ter esperança. Eu queria falar um pouco sobre isso. Esperança é basicamente um desejo muito profundo no coração. Você quer que se realize; quer obviamente que as coisas saiam conforme você gostaria. Nesse sentido, a esperança de um governo melhor no país é muito válida. Entretanto, essa é uma esperança que dura apenas quatro anos. Alguém que a nutre fica muito contente quando seu candidato vence as eleiçoes; mas talvez fique muito decepcionado caso ocorra o contrário. De qualquer forma, por melhor que seja a situação e por melhor que seja o atendimento às suas expectativas, no final dos quatro anos acaba.

O ser humano tem esperança porque foi criado à imagem e semelhança de Deus; os animais, por sua vez, não. Nunca vimos uma vaca esperando por melhores pastos, por exemplo. Já o homem possui sentimentos dentro de si e busca a realização de seus anseios. E Deus também. Por incrível que pareça! Deus tem um desejo ardente em seu coração e espera que ele se concretize.

De maneira geral, o nosso jeito de encarar a vida depende fortemente das nossas esperanças. Considere alguém que trabalha o ano inteiro, oito horas por dia; a expectativa das férias ao final desse período é grande. Essa pessoa fica pensando no verão, em quando finalmente irá à praia com a família e sua esperança até mesmo a motiva a trabalhar, pois assim ela poderá tirar suas férias. Mas, quando ela está na praia, mesmo que se concretize o que ela esperava: o céu azul; o sol maravilhoso; a cerveja bem gelada; o camarão bem fritinho e muito gostoso; mesmo assim, sempre faltará algo e por melhor que seja a concretização daquela esperança prévia, ela ainda poderá pensar: “e se, em vez do camarão eu tivesse comido peixe? Ou se tivesse ficado naquele outro hotel, não seria melhor?”. Portanto, sempre faltará alguma coisa. E ainda que essa pessoa considere tudo perfeito ou melhor até do que ela esperava, ano que vem virão novas férias, novas esperanças... Porém um dia, essa pessoa ao chegar à praia, nem sol poderá tomar porque teve um câncer de pele; cerveja muito menos, pois o médico proibiu qualquer álcool; já o colesterol está muito alto e ela não pode mais comer camarão. E ela lá na praia, vai estar achando tudo uma droga!

Imagine agora que há duas pessoas num aeroporto para embarcar num voo internacional. Uma delas está muito feliz, super animada e conversando com todo mundo porque está indo ao exterior pela primeira vez. Ela vai para um lugar maravilhoso passar suas férias maravilhosas. E ali mesmo existe uma segunda pessoa, triste, amargurada e sofrendo porque está indo buscar o corpo de um familiar falecido no exterior e terá que fazer o traslado. As duas pessoas tem uma esperança. Vemos, porém, que essa esperança muda completamente conforme as circunstâncias. A primeira pessoa não vê a hora de entrar no avião; diferentemente da segunda. Ambas viajarão para o mesmo país; as circunstâncias são as mesmas. Mas, o que cada uma espera quando chegar ao destino é que vai determinar como elas viverão aquela realidade. Então, a esperança tem um impacto muito significativo. O modo como vivemos, nosso humor, alegria ou tristeza, tudo isso vai girar em torno da esperança.

Outro ponto importante é que nossas esperanças, vontades e interesses mudam conforme a idade. Nós vamos aprendendo que, por mais que nossas expectativas se concretizem, sempre vai ficar faltando alguma coisa.

Antes dos 18 anos o objetivo é atingir a maioridade para tirar carteira de motorista. Mas chega um momento, quando se tem que levar um filho à escola, por exemplo, em que você fica procurando alguém que possa fazê-lo para você, uma vez que você já não aguenta mais dirigir. Quando jovens pensamos: “eu tenho esperança de seguir uma carreira; vou estudar, vou me formar!”. E a pessoa estuda para torna-se advogado, médico, engenheiro, etc até que um dia ela se forma. Pronto! Atinge seu objetivo. Então ela acredita que ao sair da faculdade, todas as portas hão de se abrir para ela e sua próxima esperança é arrumar um emprego. E ela espera... “Quando eu tiver um emprego, aí sim, tudo será maravilhoso!”. Ela consegue o emprego e vê que não era tudo isso. Mas enquanto ela é jovem, ainda pode cultivar suas esperanças e assim acreditar que, ao concretizá-las, ela será feliz. Afinal, o objetivo do ser humano é ser feliz; todos querem ser felizes. Nós colecionamos essas esperanças todas ao longo da vida com o objetivo de sermos felizes. O problema é que nós envelhecemos. Enquanto se é jovem é fácil, “eu vou fazer; eu vou acontecer; vou isso; vou aquilo”. Então você ouve de alguém: “olha rapaz, se prepara porque não vai ser tudo isso quando você tirar a carteira de motorista; ou quando você se formar; ou quando você arrumar emprego... ‘Mas comigo vai ser diferente!’. Está bom. Com você vai ser diferente; com todo mundo é de um jeito, mas com você vai ser diferente...”.

Porém, com o passar dos anos essa pessoa descobre que por mais esperanças que tenha, não há tempo para vê-las todas concretizadas. Então, ela poderá se tornar ou cética; alguém rabugento que vai destruir os sonhos alheios e jogar um balde de água fria nas pessoas, “isso não vai dar certo; isso é bobagem; eu tentei isso quando era jovem e não funcionou”, ou ela poderá se tornar totalmente indiferente, vivendo como uma pessoa autômata porque suas esperanças não se realizaram. Ela vai viver por viver, apenas aguardando a morte, que é o fim da jornada.

Todas essas questões são intrigantes. Por que será que as expectativas do homem vão sempre além da sua capacidade de concretizá-las? E ainda que tudo dê certo, a idéia do “poderia ter sido melhor” sempre prevalece; “Faltou alguma coisinha”. O que é isso afinal? Tem uma passagem na Bíblia que diz que Deus colocou o mundo no coração do homem; outra tradução fala que Deus colocou a eternidade no coração do homem. Portanto, o grande problema é que nós temos um desejo no coração que não é realizável nesta vida; é impossível! Uma autora ateia que escreveu um livro e logo após tentou suicídio, afirmou em sua obra que Deus de fato teria colocado essa centelha de esperança no coração do homem. Ela supõe que Deus assim o fez porque queria zombar do homem, deixá-lo muito decepcionado e ao final de tudo, rir dele. Essa é a ideia de um cético; de alguém que provavelmente teve suas esperanças frustradas e virou aquele tipo rabugento que mencionei. Mas por quê então nós temos essa centelha? Por quê esse desejo profundo em nosso coração? Porque Deus colocou. É por isso que gostamos de lendas; por isso que nós gostaríamos de ser o Peter Pan; o garoto que nunca envelhece. Certamente nesta sala há muitos que gostariam de não envelhecer. Mas nós envelhecemos. Vemos as rugas no espelho e queremos consertar aqui ou ali, fazer alguma coisa. Mas Peter Pan não envelhecia. Olha que coisa maravilhosa! Nós gostamos de uma história assim. Ele voava! Quem não queria voar? Quem nunca sonhou em voar? Eu já tive sonhos incríveis, nos quais eu podia voar e na hora de acordar, “ah, acabou... Estava num vôo tão gostoso, fazendo acrobacias”. Quem é que já não quis ser a Bela Adormecida? Aquela que é tirada de um sono profundo de morte por um beijo de um príncipe encantado. Quem nunca sonhou em ser a Cinderela? Aquela que trabalhava duro, escravizada por suas irmãs malvadas e depois viu seus sonhos se realizarem, a abóbora virar carruagem e o sapato de cristal lhe ser calçado por um príncipe encantado.

Nós gostamos de ficção. Isso porque ela nos leva para um lugar fora da terra. Quem aqui nunca pensou em conversar com um extraterrestre? Nós gostamos de ver filmes de extraterrestres; alguém vem, abre a porta da nave com muitas luzes... Toda ficção encontra lugar cativo no coração do homem e essa foi inclusive uma das razões da conversão de um famoso autor britânico, C.S.Lewis, que era professor em Oxford. Ele era ateu e conversava muito com um colega, cujo sobrenome era Tolkien. C.S. Lewis foi o autor de “Crônicas de Nárnia” e de vários outros livros. Tem um inclusive muito conhecido chamado “Cristianismo puro e simples” e nesse livro ele discorre alguma coisa a respeito desse assunto. Ocorre que C.S. Lewis tinha um programa de ateísmo no rádio antes de se converter e Tolkien, seu colega em Oxford, que era cristão convertido, explicou a ele essa particularidade do desejo humano de querer viver as lendas, as fantasias. Ambos escreviam bastante ficção, já que isso é inerente ao ser humano porque não somos deste planeta. Não fomos criados para ficar aqui. Logo, as nossas esperanças estão fora daqui. Dessa forma, enquanto nutrirmos uma expectativa que é daqui, seremos frustrados. Sempre faltará algo.

Pensemos agora naqueles que se apegam a uma certa esperança “cristã”. Refiro-me àquela esperança genérica; não à bíblica. “Se eu viver uma vida correta, honesta, fazendo tudo direitinho, eu vou ser feliz! Sem doenças, sem acidentes, sem perseguição, sem problemas. Porque afinal eu sou correto! E obviamente Deus cuida dos corretos. Não deixa nenhum mal acontecer para esses”. É? Não conheço ninguém mais correto que o Senhor Jesus! Vamos agora refletir um pouco sobre o que aconteceu com Ele. Que vida Ele levou aqui? Não foi uma vida fácil, tranquila; mas de muito sofrimento, muita perseguição e que culminou na sua morte na cruz. Pense agora na vida de Paulo, o apóstolo, ele que era um homem. Falamos agora de um homem; não do Deus e homem, que é Cristo. Paulo, um homem cristão, sincero na sua fé e que nos legou a maior parte do Novo Testamento em suas epístolas. Pense na vida dele. Ele vivia corretamente, procurava andar de forma direita. Mas quanto ele sofreu! Quanto apanhou! Apedrejado, sofreu naufrágio, assalto e morreu decapitado (não está na Bíblia, mas sabemos pela história e pela tradição que ele teria morrido decapitado). Portanto, essa esperança de que “se eu fizer tudo direitinho eu vou ser feliz” está furada! Pois ninguém está isento de sofrer neste mundo. Este não é o nosso lugar. Não é o lugar que Deus preparou para o homem. Ao menos não na condição atual, na qual o mundo se encontra: deturpado, corroído e corrompido pelo pecado. Quando Adão caiu em transgressão, ele quis andar em rebelião contra Deus, independente d’Ele. Consequentemente, o mundo tornou-se o que vemos hoje nas páginas dos jornais. Qualquer um desses da nova era, que acredita que tudo está maravilhoso, não está lendo os jornais. Leia e veja o que está acontecendo! Os crimes só aumentando, a todo momento estouram guerras... Portanto é falsa a esperança de que, se eu andar direito, tudo dará certo comigo. Isso é superstição; não é cristianismo! Neste mundo não existe segurança e não existe paz. Não existe isso neste mundo! Mas continua existindo aquele anseio dentro de nós.

Vamos abrir a passagem que fala de esperança na carta de Paulo aos Efésios. Veja bem, ele está escrevendo a cristãos. Logo, qualquer incrédulo que escutar essa mensagem, qualquer um que ainda não tenha se convertido a Cristo, não é possuidor de tais promessas. Mas, como se converter a Cristo? Crendo no evangelho! Que é a mensagem mais maravilhosa do mundo porque é a mais simples: creia que Jesus veio ao mundo em carne e sem pecado; andou aqui como o único homem perfeito que já pisou neste planeta; foi até a cruz e ali foi abandonado por Deus; massacrado primeiro pelos homens durante três horas e nas três horas seguintes ficou em trevas na cruz; recebendo o juízo de Deus devido ao pecado que Ele nunca cometeu; mas nós! Na cruz Ele morreu para pagar pelos nossos pecados. Essa obra Deus fez! Fez através de Cristo porque não encontrou nenhum homem justo no mundo. “Todos pecaram e todos estão destituídos da Glória de Deus”, declara o apóstolo Paulo na carta aos romanos. Todos pecaram, sem exceção. Assim sendo, Deus não podia salvar o homem baseado em seu bom proceder porque não há quem bem proceda. E ainda que alguém se sentasse numa cadeira e dissesse que não faria mal algum, ainda que permanecesse amarrado a essa cadeira, mesmo assim, no “andar de cima”, no “departamento cerebral” o que estaria acontecendo? Ali passariam os piores pensamentos! A pessoa imaginaria matar o indivíduo que a amarrou àquela cadeira. Talvez ela quisesse ir ao banheiro. Ela aguardaria que voltassem para desamarrá-la, mas ninguém apareceria. Começariam os maus pensamentos... Então, por mais que você faça ou não alguma coisa, você ainda é pecador. Você nasceu assim. Você é descendente de Adão e por ter uma natureza pecaminosa, você peca constantemente. Se não o faz com as mãos ou com os pés; então o faz com desejos, concupiscências, com a mente e os pensamentos! Portanto, uma vez que Deus constatou que não havia nenhum justo e ninguém que pudesse salvar-se a si mesmo, Ele entregou seu próprio filho para morrer no lugar do homem pecador.

O evangelho é crer em Jesus! Crer que Ele morreu em nosso lugar. Tomou sobre si os nossos pecados e pagou por eles na cruz. Crer que uma vez pagos, não há mais o que pagar. Estamos libertos da pena. Podemos gozar da salvação eterna porque Cristo derramou seu sangue. A Bíblia diz que o sangue de Jesus nos purifica do pecado. Isso é o evangelho. E Deus, para confirmar que aceitou a obra de Jesus, ressuscitou-O ao terceiro dia, quando Ele saiu da sepultura, vivo! Num corpo ressurreto e que não morre mais. Um corpo perfeito, cujas únicas imperfeições são as marcas em suas mãos, pés e no seu lado. Jesus será o único no céu com cicatrizes para que nós nunca nos esqueçamos que um dia Ele morreu na cruz. Ele apareceu a seus discípulos e falou para Tomé (que incrédulo, pensava ver um espírito diante de si): “ponha sua mão nas minhas mãos, no meu lado, veja que não sou um espírito”. É assim, do jeito que Ele apareceu a seus discípulos, ressuscitado e em carne e ossos, que Ele está no céu agora. Evangelho é simples: crer que Jesus me substituiu na morte e no juízo para que eu possa ter um lugar no céu.

Mas vamos a passagem na epístola de Paulo aos Efésios, capítulo 1:11: “nele, em Cristo, digo em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade (ou seja o propósito de Deus) com o fim de sermos para louvor da sua glória. Nós, os que primeiro esperamos em Cristo, em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da Promessa, o qual é o penhor da nossa herança para redenção da possessão de Deus para louvor da sua glória“. Essa passagem fala de muitas coisas. Primeiro da nossa esperança. Onde está a esperança do crente? Em Cristo! E como Cristo está no céu ressuscitado, como a promessa é que todo aquele que crê tem a vida eterna; não entrará em juizo; não será julgado no juízo final e já tem a vida eterna; como a promessa é essa, o cristão vive uma certeza todos os dias: a de que ele vai, assim como Peter Pan, voar. Não vai envelhecer, porque terá um corpo ressuscitado. Será acordado do sono da morte como a Bela Adormecida e findará seu tempo de trabalho escravo como a Cinderela. Ele vai estar com Cristo na glória, vai conversar com o próprio Senhor Jesus no céu, vai falar com os anjos em volta, vai adorar a Deus e vai conversar com as pessoas que já partiram e estarão também ressuscitadas no céu! Todos os anseios de ficção que as pessoas, mesmo as incrédulas, trazem no coração se cumprem na vida do cristão. Ele vive com a certeza da esperança na glória. Por isso o cristão pode sim ser feliz, pode sim saber que vai chegar na presença de Cristo. E aqui fala que “Deus fez todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade (versículo 12) com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo”.

Então onde está a sua esperança? Está no seu emprego; na sua carreira; num casamento; numas férias; numa eleição? Se a sua esperança está nessas coisas, então eu sinto em dizer que essa é uma esperança pobre e limitada; com data de vencimento. Como quando abrimos a despensa, vemos os alimentos que já venceram e precisam ser jogados fora. Um dia nós temos que jogar fora nossas esperanças... Já jogamos muitas delas. Creio que todos aqui já jogaram esperanças fora. Estavam “vencidas”. Não funcionou, não deu certo e, se deu certo, não foi aquela coisa também. No entanto, a esperança do cristão nunca morre; porque ela é viva. A esperança do cristão é Cristo! E Ele ressuscitou! A esperança do cristão ressuscitou! Esperamos em Cristo. Essa esperança é permanente; conforme o versículo 12, “para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo, em quem também vós estais depois que ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho da vossa Salvação”. Por isso, para se ter essa esperança é preciso ouvir o evangelho. “Mas eu sou mulçumano”, sinto muito amigo, mas aqui diz que precisa ouvir o evangelho. “Sou budista. Não vai ter nada depois que morre. Desaparece a individualidade, fica tudo uma massa só”. Ah é? Péssimo para você. A Bíblia deixa muito claro que Deus é um Deus pessoal e cada salvo manterá a sua individualidade por toda a eternidade e cada um terá um novo nome. E nome é algo que você tem e que você preza, porque ninguém tem igual nome; é o seu; a sua identidade. E o cristão vai ter uma!

Continuando: “o evangelho da vossa salvação, tendo também nele crido”, então é preciso crer. É preciso crer no evangelho, nessa boa notícia: que Cristo pagou os meus pecados e não há nada que eu precise fazer para ser salvo porque Ele fez o que tinha que ser feito. Era uma questão judicial; não de se cumprir etapas, obras, de reencarnar ou de fazer qualquer coisa; mas era uma questão judicial. Existia um réu que precisava ser condenado. Veio um substituto perfeito e disse pra mim: “saia daí Mario. Eu quero sentar na cadeira de réu!”. Ele sentou-se onde eu devia estar sentado e recebeu o castigo; foi condenado no meu lugar. Isso é o evangelho e é preciso crer.

“E tendo nele também crido (Efésios 1:13) fostes selados com o Espírito Santo da promessa”. Portanto, aquele que crê em Cristo é selado com o Espírito Santo e não se perde mais. Quando enviamos uma carta, às vezes ela se extravia. Mas o cristão jamais poderá “se extraviar”. Ele pode até fazer besteiras na vida, mas Deus tratará com ele como filho, pois Deus será o seu pai. Depois que nascemos de novo, nos tornamos filhos de Deus pela fé em Cristo e nunca mais vamos “nos extraviar”. Passamos a ser como uma carta, com o endereço e selo do céu. Essa carta vai chegar lá! Existe alguém muito interessado em que ela chegue; existe alguém mais interessado em que eu chegue no céu do que eu mesmo! Por mais incrível que possa parecer. A minha intenção de chegar no céu é muito egoísta, egocêntrica. Quero ir para acabarem os meus problemas, para resolver tudo e ficar lá muito tranquilo. Mas há alguém que deseja que eu chegue no céu e é por isso eu vou chegar. É o que lemos em: “o Espírito Santo da promessa (versículo 14) o qual é o penhor da nossa herança para redenção da possessão de Deus para louvor da sua glória“. Deus tem uma possessão, um tesouro que foi comprado pelo seu filho. Nas parábolas de Mateus (capítulo 13) há uma sobre um homem que encontra uma pérola de grande valor. Ele a compra para si; é dele agora. E tem outro que descobre um tesouro no campo e compra o campo inteiro para ficar com aquele tesouro; é dele. Do mesmo modo, aqueles que crêem em Cristo são possessão de Deus; um tesouro d’Ele!

Sabemos que é comum um milionário comprar uma obra de arte; ele vai a um leilão e arrebata uma daquelas obras de milhões de dólares. Depois de comprá-la, ele chega em sua casa e a põe num lugar, ascende uma lâmpada especial, liga um climatizador, senta-se numa poltrona de frente para a tal obra e fica olhando para ela. Ele tinha tanto desejo daquilo que agora e ele possui, ele fica contemplando, porque gosta muito do que conseguiu comprar. Deus nos comprou pagando com Cristo, e Cristo pagou com seu próprio sangue, a fim de nos resgatar para Deus! Então aqueles que crêem, são possessão de Deus; são essa obra de arte que Deus observa e está esperando o momento de sentar-se numa poltrona e ficar olhando para aqueles que Ele comprou; essa preciosidade que Ele resgatou com o sangue do seu próprio filho. Por essa razão, quem está muito mais interessado em que eu chegue no céu é Deus; mais do que eu mesmo! Porque quando creio em Cristo, passo a ser tesouro d’Ele; passo a ser um daqueles que Ele salvou. Por isso Ele quer que eu chegue lá. “Redenção da qual o Espirito Santo é a garantia”. Eu sempre penso no Espírito Santo como garantia para mim; mas é uma garantia para Deus. Tem um supermercado perto de casa com uns armarinhos. Vou com uma sacola, coloco uma moeda, viro e sai a chave e eu entro no mercado com aquela chave. Ela é a garantia de que eu vou poder resgatar as minhas posses que ficaram naquele armário. O Espírito Santo está na terra (hoje habitando nos salvos) e Ele vai subir junto com eles até a casa do Pai para sempre permanecer com Ele. Deus tem uma possessão e esse tesouro são aqueles que creem em Cristo. Se você ainda não se converteu, não creu em Jesus como seu Salvador, então você não faz parte do tesouro de Deus; não faz parte da pérola preciosa que Deus quis comprar neste mundo.

Agora, no mesmo capítulo 1, versículo 18, Paulo vai falar para esses cristãos de Éfeso, exortando-os e animando-os a olharem para a esperança que eles têm; mas um olhar que é muito interessante. Veja o versículo 18: “tendo iluminados os olhos do vosso entendimento para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória, da sua herança nos santos“. Uma outra tradução de John Nelson Darby fala: “tendo iluminados os olhos do vosso coração“, porque isso é uma coisa muito emocional, você olhar para as promessas iluminadas de Deus, como eu falei do que compra a obra de arte e a ilumina. Quando nós olhamos para essas promessas de Deus, iluminando os olhos do nosso coração, é como se olhássemos para o sol. O que acontece quando olhamos para uma luz muito forte? Aquilo resplandece. Que luz incrível, tremenda! É essa maneira de “se olhar com os olhos do coração na esperança da nossa vocação”, na esperança da vocação que Deus reservou para aqueles que crêem em Cristo. Olhar como uma coisa brilhante. Como o farol quando o navio está no mar, perdido numa noite escura, numa noite de tempestade. Nesse cenário, a maior alegria dos marinheiros é ver um farol. Quando eles vêem a terra que está lá, uma cidade iluminada ou qualquer coisa iluminada, essa luz é motivo de alegria porque eles sabem que poderão ser salvos. Eles vêem uma luz numa noite escura. Cristo ilumina hoje nossos caminhos para vermos de onde vem a nossa esperança; onde está a nossa vocação, nossa cidadania, nosso chamado celestial. Todavia, para aqueles que já creram em Cristo como Salvador. Entenda isso! Essa mensagem é reservada para os que creem em Cristo. Alguém pode falar: “mas isso é discriminação!”, então creia! É só crer. Não tem que pagar nada; não tem que comprar ingresso. Tem que aceitar; apenas aceitar que Cristo morreu por você na cruz.

Mas continuando: “para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos“. Interessante. Às vezes eu lia e pensava que a herança era minha, mas não, é herança de Deus nos santos. Deus olha os santos – é muito importante entender a palavra santos; não é aquilo que aprendemos no catolicismo, “santa é uma pessoa boazinha”. Não! Santo é um separado para Deus. Quando uma pessoa crê em Cristo, ela se torna santa porque Deus a separa. Ele comprou essa pessoa com o sangue de Cristo. Ela creu no evangelho e aceitou a Jesus como seu Salvador pessoal. Então Deus pega essa pessoa e fala: “está bom, agora você me pertence, eu separei! Está purificada de todos os seus pecados”. É como lavar louça; na hora de lavar você a santifica. “Mas como assim, santifica a louça? Que blasfêmia!” Ora, você separa a louça. Tem aquela suja, você separa, lava e põe junto com a suja? Não, você coloca do outro lado da pia junto com a louça limpa. Isso é separar do sujo para o limpo. Deus faz isso quando salva uma pessoa que crê em Jesus. Ele a torna santa porque ela é separada; é colocada agora num novo patamar: o de salva; de propriedade de Deus.

A esperança de Deus, o desejo que Ele tem é de um dia nos encontrar; de um dia nós estarmos na sua sala (vamos chamar assim) e Ele olhando para nós. Não vai ter maior alegria do que essa: olhar para nós; porque Ele verá aqueles por quem o Seu Filho sofreu. E Cristo também verá. Em Isaías 53 diz a respeito de Cristo; que Ele verá o penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito. Que obra de arte Ele vai ter para contemplar; todos os seus salvos no céu! Satisfeito com quem? Com aqueles pecadores perdidos que um dia Ele resgatou da lama, que tirou do lixo, lavou, limpou, separou e colocou na glória, lá em Cristo Jesus! Deus está mais interessado na sua salvação do que você mesmo. A maioria das pessoas vai a Cristo por motivos egoístas: “eu vou porque estou com uma dor, estou com medo de morrer”. Amigo, Deus está interessado que você seja salvo e o único empecilho é você mesmo, que tem que crer e aceitar Jesus. Creia n’Ele!

Mas vamos a mais um versículo agora para encerrarmos. No capítulo 2 da mesma carta aos Efésios, versículo 11: (agora ele continua falando para pessoas que já haviam se convertido, lembrando isso) “portanto lembrai-vos de que vós no outro tempo éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que na carne se chama circuncisão feita pela mão dos homens“. Ele está falando dos judeus, gentios em relação aos judeus. Porque os judeus são um povo que Deus escolheu desde a fundação do mundo, deu a eles toda Palavra, os oráculos, as profecias e tudo mais; uma adoração completa. Porém esse povo rejeitou completamente a Deus e Ele os deixou temporariamente de lado. Agora Deus está tratando com a Igreja, que é o corpo de Cristo, formado por todos os que crêem em Jesus como seu Salvador em todo o mundo. No versículo 12 (e esse é importante) “que naquele tempo (ou seja, antes de se converterem) estáveis sem Cristo“. Existe alguém aqui que ainda está sem Cristo? Porque alguém que não se converteu, está sem Cristo; não participa de toda essa esperança, que é celestial; não faz parte do tesouro de Deus; não faz parte da obra de arte que Cristo comprou com seu sangue e não faz parte do resultado do trabalho de sua alma que Ele verá e ficará satisfeito. Porque ainda não é d’Ele! “Estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel (e aqui se dirigindo a gentios que não eram judeus) e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo“. “Mas como não ter esperança? Eu tenho de comprar um carro novo! Tenho esperança de casar, de ganhar dinheiro, de me aposentar, de tirar férias”. Não tendo esperança! De que esperança Deus está falando? A de vida eterna! Esperança que não acaba; que atende aos desejos mais íntimos e profundos do coração; esperança que se concretiza e cuja realização é eterna. Não tendo esperança... Então, atente bem pra isso: uma pessoa sem Cristo, não tem esperança! Vemos os artistas de Hollywood. Eles lutam muito para chegar aonde chegam; ganhar Oscar, e dai? Eles se matam! Se suicidam... Outro dia um que era comediante, que tanto nos fez rir; durante anos fez muita gente se alegrar, se matou! Sem esperança! Porque chegou aquele ponto, no cume da montanha e falou: “não tem nada aqui! Fui enganado!”. Tudo aquilo que ele buscava não existia! Era um pote de ouro no final do arco-íris e não tinha nada! Chegou lá e nem arco-íris tinha mais. “Não tendo esperança“, e isso Deus diz na sua Palavra para os que estão sem Cristo.

Qualquer coisa que você espera é vapor. Vai se dissipar e vai deixar você na mão; sem esperança e mais, sem Deus no mundo! Aqui entra o ponto principal: para que você pudesse crer no Evangelho, ser salvo, ter esperança e ter Deus no mundo, Cristo precisou ficar no mundo sem Deus. O único homem no mundo que ficou em trevas absolutas e que recebeu nesta vida o juízo eterno foi Cristo! Ele ficou sem Deus nas três últimas horas na cruz quando clamou “Deus meu, Deus meu, por quê me abandonaste?”. Sem Deus! Aquele que na eternidade sempre teve comunhão perfeita com o Pai, o Filho Eterno de Deus.

Deus é Pai, é Filho e é Espírito Santo. Não tente entender isso; mas a Bíblia diz que é! A Trindade é uma coisa fantástica! Falamos muito de amor; que Deus ama... Mas pense, se Deus não fosse Pai, Filho e Espirito Santo, não existiria amor eternamente. Afinal de contas, na eternidade passada, antes de Deus criar qualquer outro ser, quem Ele amaria? O amor exige um objeto a ser amado. E para ser amado, você tem que ter outro que ame. Portanto, para Deus na eternidade o amor já existia entre o Pai e o Filho; o amor estava ali. Sempre! “O Pai me ama”, o Senhor Jesus fala no evangelho. Se não fosse assim, o amor não existiria; teria começado quando Deus criou o primeiro anjo. Então Ele teria alguém para amar; mas não! O amor já existia na eternidade, entre o Pai e o filho. Porém na cruz, “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?“. Sozinho, em trevas, sem Deus no mundo. Cristo ficou sem Deus no mundo para que eu e você pudéssemos ter Deus no mundo; pudéssemos viver nesta vida já com Deus, com esperança, com certeza de vida eterna e sabendo que fazemos parte de uma obra preciosíssima, caríssima e que custou o sangue de Cristo. Não deixe de participar desta obra pela fé em Jesus!

(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.

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