Leitura: Lucas 9:27-36
Vídeo: http://youtu.be/9VBcMnv51B0
A cena da transfiguração é significativa. Nela temos uma visão do reino futuro de Cristo, com o Rei no centro das atenções, acompanhado dos santos que estarão com o Rei em sua vinda. Os que passaram pela morte são representados por Moisés, e os que foram arrebatados ao céu, sem passar pela morte, são representados por Elias. Enquanto isso, Pedro, Tiago e João representam os santos que serão abençoados na terra durante o reino milenial de Cristo.
O comportamento destes três discípulos nos ensina como não agir na presença do Senhor. O versículo 32 de Lucas 9 diz que "Pedro e os seus companheiros estavam dominados pelo sono; acordando subitamente, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele". Infelizmente este sono de indiferença pelas coisas celestiais é comum entre os cristãos e muitos serão surpreendidos pela vinda do Senhor, algo que nem esperavam. Há tantas atrações nesta vida que muitos acabam perdendo o interesse pelos assuntos do céu.
Moisés e Elias "falavam sobre a partida de Jesus, que estava para se cumprir em Jerusalém" (Lc 9:31). A morte e ressurreição de Jesus é ali o assunto do céu, mas não da terra. Quando abrimos no capítulo 5 de Apocalipse temos uma visão futura do céu e lá o assunto será eternamente o mesmo: o Cordeiro que foi morto e com o seu sangue comprou para Deus homens de toda tribo, língua e nação.
Paulo coloca a morte e ressurreição de Cristo como o centro de sua mensagem. No capítulo 15 da primeira carta aos Coríntios ele diz: "Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei... Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15:1-4).
Acaso é este o evangelho que hoje é pregado por aí? Nem sempre. A mensagem foi diluída ao ponto de se transformar em uma mensagem motivacional. O bem estar do ser humano nesta vida passou a ser o centro da mensagem e não o perdão de pecados e a salvação eterna. Os pregadores dão às pessoas o que elas querem: promessas de prosperidade material, saúde perene e felicidade nos relacionamentos. E isso costuma vir acompanhado de muitos decibéis de música e pirotecnia, não muito diferente de um show qualquer. Um evangelho sem o sangue do Cordeiro sacrificado e sem a ressurreição não é evangelho.
Mas quando o tema da morte e ressurreição de Cristo não é substituído por prosperidade, saúde e felicidade, outra coisa muito mais antiga e perniciosa toma o seu lugar: a superstição e o culto à personalidade. Estes são os assuntos dos próximos 3 minutos.
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)